– Paul Iarocci
Operando como GBR Contracting e com base em Greytown, KwaZulu-Natal, Grant buscava tradicionalmente contratos de pinheiro, látex e acácia em terrenos planos. O sistema de transporte de curta distância normalmente utilizado por Grant consistia de uma grande equipe de operadores que realizava corte, desgalhamento, corte transversal e empilhamento manualmente. As unidades de trator-reboque para transporte de curta distância viajavam para o interior, onde as toras curtas eram carregadas pelo logger de três rodas da Bell e transportadas para um local acessível por caminhões de carga.
As pilhas organizadas ao fundo são cortadas, desgalhadas e empilhadas manualmente.
No caso das plantações de acácia, é necessário um conjunto extra de etapas altamente especializado. As cascas precisam ser retiradas cuidadosamente em longas tiras e agrupadas em feixes de 2,4 metros e 50 kg. Depois de terem sido entregues, os feixes são cortados em pequenos pedaços para extração do tanino. Os taninos de maior grau são utilizados para o curtimento de couro e os de menor grau, na produção de cola. Grant observa que, desde a recessão de 2008, os mercados de taninos de maior grau mudaram da Europa para o Paquistão e outros países asiáticos.
O gerente de operações, Deon Alexander, o proprietário, Grant Rankin, e o operador do skidder 610C, Sipo Madondo.
Entretanto, em 2011, surgiu uma oportunidade. Grant participou da concorrência para um contrato de acácias com a Mondi envolvendo terrenos inclinados. De maneira alguma ele poderia realizar esse trabalho com tratores e reboques carregados por loggers de três rodas. Então, Grant tomou uma decisão: ele se comprometeu a mudar esse sistema de transporte de curta distância e comprou um skidder.
Após avaliar as opções disponíveis, Grant escolheu o skidder 610C da Tigercat, que adquiriu através do distribuidor sul-africano AfrEquip. “Uma das razões pelas quais escolhemos a Tigercat em vez de outras marcas é o fato de precisarmos trabalhar em terrenos íngremes. Além disso, gostamos da ideia do freio hidrostático”, explica Grant.
O skidder é a base de toda a operação. Se ele parar, não conseguimos fazer nada.
– Grant Rankin
Além disso, o tamanho e a capacidade da máquina são adaptados à sua operação. “Estou muito satisfeito com a produção e com a maneira em que ela funciona. Uma vez, usei um skidder da Deere, mas notei que seria muito trabalho para uma máquina como aquela. Sem velocidade ou capacidade de carga adequada, ele tinha a metade da produtividade de um 610C.” O skidder mudou os negócios de Grant e adicionou flexibilidade aos tipos de contrato que ele pode oferecer aos seus principais clientes, a Sappi e a Mondi. As árvores são cortadas, desgalhadas, cortadas transversalmente e empilhadas em feixes do tamanho de uma garra manualmente. Quando essas atividades são concluídas, a equipe começa a trabalhar em outro talhão de colheita. Então, o skidder move as pilhas, de cerca de uma tonelada, para a beira da estrada. Um logger de três rodas carrega os reboques com uma carga de 10-15 toneladas.
Os ciclos do trator-reboque têm em média 30 minutos, com carga de 10-15 toneladas.
Os ciclos do trator-reboque têm em média 30 minutos, dependendo da distância até o depósito, que algumas vezes pode exceder três quilômetros. Então, as toras são descarregadas, empilhadas e eventualmente recarregadas nos caminhões. Uma unidade de trator-reboque pode executar até vinte ciclos por dia para transportar o volume determinado e o 610C executa de dez a quinze ciclos por carga de reboque, em distâncias relativamente curtas e em aclive. É desnecessário dizer que o equipamento precisa deslocar-se muitas vezes nestas plantações remotas de altitude e com infraestrutura rodoviária muito pobre. No entanto, sem uma estrutura rodoviária adequada, não há outro método viável para transportar a madeira a um local acessível por caminhões de carga.
“O skidder é a base de toda a operação”, explica Grant. “Se ele parar, não conseguimos fazer nada.” Portanto, Grant depende totalmente da máquina e precisa de uma disponibilidade mecânica muito alta. Ele pode mudar de trator em intervalos planejados, mas a história é diferente com o skidder. A máquina trabalha em um único turno de doze horas, incluindo os procedimentos diários de manutenção feitos pelo operador. “Este terreno é muito íngreme, por isso é perigoso trabalhar à noite”, comenta Grant. O 610C já conseguiu atingir uma produção de 350 toneladas, mas a média é 220 toneladas por dia.
Um feixe pesa cerca de uma tonelada e a produção diária varia de 220 a 350 toneladas. É uma aplicação difícil para as linhas de transmissão.
Jeff Cave, representante da equipe de suporte de produto da Tigercat, equipou a máquina com para-lamas personalizados de grandes dimensões para evitar que as toras batessem nos pneus traseiros, mas não tão grandes a ponto de se prenderem nas extremidades das toras de 2,5 m durante o levantamento da garra. Grant pesquisou outros métodos de transporte, mais especificamente o uso de cabos. Apesar de a carga ser maior, Grant não optou por essa alternativa e preferiu ter menos operadores em solo, perto do skidder (seu sistema de transporte funciona sem nenhum operador no chão, enquanto o método de cabo precisa de dois operadores, um para alimentar e anexar o cabo e outro para liberar a carga na área de carregamento). A dependência de mão de obra extra para a função de transporte e as questões de segurança relacionadas a manter pessoas em solo, perto de máquinas móveis, foram fatores que o levaram a escolher o método da garra.
Até o momento, a máquina acumulou mais de 11.000 horas de operação, com muito pouco tempo de inatividade não planejada. Agora, com o skidder da Tigercat, Grant é muito mais flexível em relação aos tipos de contrato que pode fazer, além de poder trabalhar em terrenos que seriam impossíveis de acessar com carregadeiras de três rodas e trator-reboque.