Conversamos com Sabrina Cantu, na demonstração da 2023 Pacific Logging Congress. Ela foi uma das diversas pessoas que operaram equipamentos da Tigercat. Sabrina operou o mais novo modelo de cabeçote de colheita da Tigercat, o 573, montado em uma máquina-base 875E, para processamento em beira de estrada.
— Paul Iarocci
Sabrina Cantu
A jornada de Sabrina Cantu, de 25 anos, no mundo dos equipamentos pesados e das operações de colheita de madeira começou em 2019, quando ela se matriculou no programa de Certificação de Operações de Equipamentos Pesados, no Shasta College. “Comecei a cursar faculdade de administração agrícola”, diz ela. “Mas devido a algumas mudanças na vida, fui atrás daquilo que realmente me deixa apaixonada: operar equipamentos pesados.” Sabrina se destacou em seu trabalho de curso e se graduou em ciências agrícolas, tecnologia industrial, operação de equipamentos pesados para extração madeireira e operação de equipamentos pesados.
Sabrina cresceu em Burney, uma cidade rural com atividades no setor madeireiro no norte da Califórnia. Escolher montanhas e árvores como vista diária do trabalho foi fácil. “Sempre me sinto em casa quando estou na floresta. Em vez de enfrentar trânsito e semáforos todos os dias no caminho para o trabalho, só preciso diminuir a velocidade quando encontro cervos ou esquilos cruzando a estrada.”
O bisavô e o avô de Sabrina eram lenhadores e operadores de equipamentos, e seu tio-avô John era dono de uma empresa madeireira. “Quando nasci, meu bisavô e meu avô já tinham falecido, e meu tio-avô John já tinha se aposentado há muito tempo, então não fui criada na indústria. Mas claramente a exploração madeireira estava no meu sangue.” Aos 21 anos, Sabrina se viu como o único membro da família a seguir o passo dos antepassados.
Todos os dias, quando calço minhas botas, me sinto muito grata aos veteranos que dedicaram seu tempo para me ensinar e me guiar ao longo dos anos.
— Sabrina Cantu
Ao longo dos anos, Sabrina ganhou experiência com muitos tipos diferentes de máquina, em uma variedade de aplicações, desde transporte assistido por guincho até operação de corte no comprimento com shovel logger em terreno muito inclinado no Oregon. Ela até operou equipamentos em ações contra incêndios florestais. Atualmente, ela é operadora de processamento talentosa e funcionária da Skyline Alterations, uma empresa de colheita com sede na Califórnia, de propriedade de Jody Sherman e Brian Parnell. “Gosto de carregar caminhões, mas o processador é sem dúvida minha máquina favorita”, diz Sabrina.
Além dos desafios regulares – saber o comprimento das toras, entender os requisitos dos vários moinhos, ficar de olho no formato dos troncos – operar um processador em ações de recuperação após incêndio florestal apresenta um conjunto particular de desafios. “É preciso conhecer as espécies, principalmente quando a madeira está queimada. É muito difícil porque não há mais cascas, galhos nem agulhas. Nada.”
Sabrina trata tudo como um jogo, trabalhando com rapidez e eficiência, sempre buscando estar à frente dos skidders. “Isso torna tudo divertido. É como um videogame. É apenas um monte de botões e memória muscular.”
Sabrina se graduou em ciências agrícolas, tecnologia industrial,
operação de equipamentos pesados para extração madeireira e operação de equipamentos
pesados.
Motivada a fazer a diferença
Uma semana típica para Sabrina começa com o alarme tocando cedo (supercedo, diz ela) na manhã de segunda-feira. Ela pega carona até o local de trabalho com seus colegas, liga o harvester Tigercat LH855E e coloca Louis, seu bassê, na cabine. “Então, trabalho com as toras o dia todo. No final do dia, vamos buscar combustível e comida.” Sabrina dorme em uma barraca no local da colheita de segunda a sexta-feira para evitar longos deslocamentos diários. “Os horários não são os melhores quando você não é uma pessoa matutina. Preciso dizer que coloco o despertador no modo soneca já às duas da manhã. Mas eu não trocaria isso por nada no mundo. Todas as manhãs vejo o nascer do sol e o mundo acorda ao meu redor. Vejo a vida selvagem todos os dias.”
Sabrina é motivada pela forte convicção de que o que está fazendo – gerenciar florestas – tem um efeito positivo no mundo à sua volta. “Ajudo na conservação de nossas florestas e a desbastá-las e gerenciá-las corretamente para controlarmos melhor os incêndios florestais.” Ela explica que, sem manejo florestal, a vegetação rasteira e a queda de árvores mortas tornam-se excessivas. “É tudo combustível para o fogo.”
“No momento, estamos limpando bastante as áreas queimadas”, continua Sabrina. “Trabalhamos para a California Deer Association e para o National Forest Service. Durante o verão, quando não estou na extração madeireira, trabalho em áreas de incêndios florestais. Muita terra foi queimada. Muitos amigos meus foram afetados pelos incêndios na Califórnia e perderam suas casas.” As operações de desbaste nas quais a Skyline e outros empreiteiros da Califórnia estão envolvidos são cruciais para manter a saúde da floresta a longo prazo. “Cada árvore está lutando com outras árvores para crescer. Quando você desbasta a floresta, as árvores ficam maiores e mais saudáveis. Mais luz solar entra no espaço, então a vida selvagem se desenvolve mais. Muitas pessoas não entendem isso. Queria que elas vissem o que fazemos. Não matamos árvores apenas por matar. As pessoas nas cidades não entendem como tudo funciona, e acho que é por isso que os incêndios se agravaram tanto. Todo mundo quer salvar as árvores e cuidar delas”, diz Sabrina. Talvez seja o caso de amá-las até a morte.
BASTA OLHAR PARA UMA MÁQUINA TIGERCAT: ELA É UMA ESPÉCIE DE LOUIS VUITTON DO MUNDO DA EXTRAÇÃO MADEIREIRA. ELA É MUITO CHIQUE, E EU QUERIA MUITO USÁ-LA.
— Sabrina Cantu
A máquina
A LH855E da Tigercat é uma máquina-base ideal para Sabrina. “Eu a adoro. É uma máquina muito boa. É poderosa. Com a cabine de nivelamento, fica muito mais fácil trabalhar na colheita. Esta máquina é muito confortável. Ela tem assentos aquecidos e arrefecidos e vários recursos sofisticados.”
Vários amigos de Sabrina já operavam máquinas Tigercat muito antes dela. Eles falavam muito bem da marca. Ao longo dos anos, ouvi lenhadores fazerem várias analogias sobre a marca – “o Cadillac das máquinas para extração madeireira” – esse tipo de coisa. Sabrina consegue expressar essa ideia como ninguém. “Basta olhar para uma máquina Tigercat: ela é uma espécie de Louis Vuitton do mundo da extração madeireira. Ela é muito chique, e eu queria muito usá-la.”
Quando a Skyline Alterations estava procurando um novo processador, Sabrina ficou feliz quando Jody e Brian perguntaram sua preferência. Ela não tinha grandes esperanças, pois sabia que sua escolha seria a mais cara. “Tirei um dia de folga do trabalho e fomos para Bejac, em Anderson, Califórnia. Lá, pude operar uma máquina Tigercat pela primeira vez. Eu não queria operar nenhuma outra máquina depois. Adorei. E agora tenho a sorte de operar uma.”
Na PLC do ano passado no estado de Washington, Sabrina operou uma máquina-base Tigercat 875E equipado com o mais recente cabeçote de processamento da Tigercat,
o 573.
Satisfação profissional
Foi uma mudança drástica para Sabrina: ao completar dois anos de estudos em administração agrícola, ela mudou de ideia e se matriculou em um programa de equipamentos pesados. Foi uma decisão assustadora na época, “abandonar dois anos de formação”, diz Sabrina. Ela começou em equipamentos de construção. Mais tarde, o programa recebeu financiamento para comprar uma área madeireira inteira. A turma de Sabrina foi a primeira a ser beneficiada pela aquisição. “Pude sentir o gostinho daquilo. Eu me formei como primeira da turma e fui contratada no setor antes mesmo de me formar. Desde então nunca mais parei.”
Qual é a mensagem de Sabrina para as jovens que pretendem seguir carreira no setor florestal? “Não tenha medo”, ela responde. “Pode ser intimidante, mas faça perguntas e não desista. Quando comecei a operar, sempre fazia perguntas – mesmo quando as pessoas me diziam que eu fazia perguntas demais. As pessoas vão pressionar você e ver o quanto você pode aguentar. Se você está segura no que pode fazer, pode ir longe.” Sabrina também fala sobre aproveitar oportunidades. “Quando uma porta se abrir, dê um passo para dentro e veja como é. Se você tiver a oportunidade de usar um equipamento, faça isso.”
Nos finais de semana Sabrina monta seus cavalos, Teddy e Osíris e participa
de competições de tiro. “No cavalo, uso dois revólveres Colt 45 de ação única e
atiro em dez alvos em padrões diferentes. Costuro todas as minhas saias para as competições
de tiro montado e agora tenho uma coleção e tanto.” Ela também gosta de caçar, pescar e passear de motocicleta.
Ela enfatiza que a tecnologia desempenha um papel importante na indústria e a torna mais acessível a mais pessoas. “Não precisamos ser durões. Fisicamente não sou muito forte, mas não preciso ser. A máquina é minha força. É como se ela fosse meus músculos. Ela faz tudo o que eu gostaria de poder fazer.” Sabrina diz que seu objetivo a longo prazo é possuir seu próprio equipamento. Ela gostaria de ser chefe de uma equipe parcialmente feminina. “Seria legal se mulheres quisessem trabalhar comigo. Seria um ambiente muito acolhedor e receptivo, mas eu gostaria de contratar também um monte de caras durões. Quero ter meu próprio equipamento, e ele pode ser rosa ou não. Ainda não sei.”
Sabrina é rápida em dar crédito aos outros por seu sucesso e satisfação no trabalho. “Todos os dias, quando calço minhas botas, me sinto muito grata aos veteranos que dedicaram seu tempo para me ensinar e me guiar ao longo dos anos. Este trabalho não é para todos. É para quem tem espírito livre e um lado um pouco selvagem. Para quem não tem medo de um pouco de sujeira e de sair no campo. Para quem vê a beleza dos altos abetos brancos e aprecia o cheiro do pinheiro recém-cortado. Podemos ser um pouco rudes, mas sou uma lenhadora e tenho orgulho disso.”
Conversamos com Sabrina Cantu, na demonstração da 2023 Pacific Logging Congress. Ela foi uma das diversas pessoas que operaram equipamentos da Tigercat. Sabrina operou o mais novo modelo de cabeçote de colheita da Tigercat, o 573, montado em uma máquina-base 875E, para processamento em beira de estrada.
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